Qual palheta devo comprar?
Existem vários tipos de
palhetas, que variam de tamanho e espessura. Geralmente, os iniciantes acham
mais fácil usar palhetas com pouca espessura para fazer ritmos e palhetas com
espessura média para solos. Isso não é
uma regra, quando você estiver se sentindo um pouco mais confortável no violão
seus dedos vão te dizer qual é o melhor tipo de palheta para você.
Usar ou não a palheta
Observando vários casos ao
longo dos anos, vários músicos e como tocam, vejo que não há uma regra
obrigatória de usar ou não a palheta. Mas, podemos partir de um
princípio comum. Geralmente, é isso que vemos: a palheta é utilizada em gêneros
de música popular e a mão pura (sem palheta) no violão erudito. Apesar de que,
alguns gêneros populares também usam a mão sem palheta, como por exemplo a MPB,
a Bossa Nova, etc. A diferença é o esmero técnico. Os gêneros populares são
mais livres. O posicionamento da mão que dedilha nesses casos é mais a gosto do
executante. O que não ocorre no violão
erudito, pois a mão que dedilha é posicionada seguindo-se uma escola acadêmica
tradicional. O aluno que for estudar violão erudito provavelmente terá sua mão
reposicionada pelo professor de acordo com os padrões acadêmicos que ele segue.
Os tipos de palhetas
Um pequeno equipamento, mas
de grande relevância. As palhetas têm formatos dos mais variados, materiais que
vão desde celulóide a casco de tartaruga e ainda diferentes espessuras. Essas são as três principais
características na hora de escolher a palheta correta para o que você toca. Esse
último elemento – a espessura – é o mais importante de todos.
Espessuras das Palhetas
A
espessura da palheta influencia muito na “pegada” do músico. As palhetas
proporcionam um maior contraste sonoro de acordo com os diferentes locais de
onde se dá a palhetada. Existem 5 tipos. Lembrando
que a espessura varia um pouco entre diferentes marcas, mas em geral são assim:
XL – Extrafina (Extra Thin ou Extra Light) T – Fina (Thin) M – Média (Medium) H
– Pesada (Heavy) XH – Extrapesada (Extra Heavy).
UM POUCO SOBRE A APLICAÇÃO
DE CADA ESPESSURA DE PALHETA
Extrafina (abaixo de 0,40
mm) – A menos popular de todas. São usadas para casos bem específicos. Ex:
acordes mais suaves. A palheta extrafina produz um som de click, já que são
mais moles. Tem muito guitarrista que não curte esse “barulhinho”.
Leve (0,40 mm – 0,63 mm) –
As palhetas leves (ou finas) são bastantes flexíveis e muito confortáveis e,
por isso, também são boas para fazer acompanhamentos. Produzem um efeito
percussivo interessante e um som mais turvo. Por ter uma maior elasticidade e
conforto são usadas para fazer base.
As leves também produzem o
ruído de palheta, o tal click que falamos no tópico acima, mas menos
perceptível. Um problema das palhetas mais finas é que elas tendem a quebrar ou
rachar com mais facilidade.
Médias (0.63 mm – 0.85 mm) –
Um excelente meio termo. As médias surgem por uma boa pedida para quem quer
fazer licks e bends. Essas palhetas são as mais usadas entre as leves, médias e
pesadas. O motivo é que o guitarrista tem uma adaptação mais fácil, já que elas
têm uma flexibilidade menor que as leves, mas conseguem imprimir mais força nas
cordas.
Quem ainda não tem as manhas
de tocar com palhetas mais espessas, as médias são bastante usadas como treino
de transição.
Pesada (0.85 mm – 1.22 mm) –
Em inglês: heavy! Essas palhetas são ideais para solos. São mais rígidas e
produzem um som mais nítido, claro e limpo. Sem falar que o som fica mais
definido e fácil de controlar.
A ideia aqui é tirar um som
mais agressivo nas notas. As palhetas mais espessas tendem a se desgastar menos
e duram mais.
Extrapesadas (1.2 mm para
mais) – Essa é a praia dos baixistas. Palhetas tornam o som mais forte e ajudam
na sincronia com o batera! Os jazzistas também curtem tocar com esse tipo de
palheta.
Mas vale deixar um
esclarecimento aqui. Experimentar é o melhor caminho. Só assim você vai
escolher sua preferida.
MATERIAL DAS PALHETAS
Haja variedade! As palhetas
mais comuns são feitas de PLÁSTICO e é possível encontrar de vários tipos. Mas
mesmo falando de plástico, existem muitas variações!
Veja as principais:
Celuloide: A grande maioria
das palhetas é deste material. Foi o primeiro plástico usado para produzir
palhetas. Gera uma alta qualidade de som. São bem populares, porém não são tão
resistentes.
Nylon: Por ser um material
bastante flexível podem ser feitas palhetas bem finas. Um problema é que o
nylon perde a flexibilidade depois de 1 ou 2 meses de uso intenso. Assim, a
possibilidade de quebrar é mais alta.
Acrílico: Material de grande
resistência ao impacto. O acrílico é rígido e leve. Não é quebradiço, é um
polímero sem ranhuras e normalmente não trinca. Outra vantagem é que pode ser
cortada em quase várias formas, tamanhos e espessuras.
Metal: Palhetas feitas de
aço geram um som muito mais limpo que palhetas de plástico. Entretanto gastam
as cordas mais rapidamente e desafinam mais facilmente o instrumento,
principalmente os acústicos.
Madeira: As palhetas de
madeira produzem um som mais abafado se comparadas com as palhetas de plástico.
O motivo desse som único são as diferenças de densidade, estrutura das células
e ainda a dureza de cada madeira. Somente madeira mais dura é usada na
fabricação de palhetas, do contrário, elas não suportariam a “força do rock”.
Casco de Tartaruga: Crime
ambiental? Tortura animal? Os questionamentos são muitos e as opiniões
polêmicas a respeito de usar casco de tartaruga. Na verdade, esse tipo de material
praticamente não é mais usado para fabricar palhetas – já que a prática foi
PROIBIDA.
Vidro: Não sei se vocês já
tocaram com palhetas de vidro, mas elas existem. É um material relativamente
mais duro e pesado se comparado com metal ou plástico.
FORMATOS
As clássicas palhetas
triangulares (Padrão ou Standard): as mais usadas e as melhores para
palhetadas. Outro formato bastante comum são as que têm forma de gota – boas
para mandar um som mais suave. Tem ainda as elípticas que são geralmente usadas
por baixistas, já que são maiores e fortes. As palhetas chamadas de barbatana
de tubarão têm um formato que lembram, de fato, barbatanas. São, geralmente, do
tamanho das palhetas padrão.
Os formatos são infinitos.
Aqui reina a criatividade e o gosto depende de cada um.
A palheta para violão e
guitarra também é conhecida como plectro. O certo é segurá-la entre seu polegar
e seu indicador firme o suficiente só para fazê-la raspar nas cordas. Não
segure a palheta com muita força, como se você quisesse arrancar as cordas com
ela. Deixe-a raspar suavemente. Tal é válido tanto para violão quanto para
guitarra. Pratique o jeito certo de palhetar até conseguir tirar um som limpo e
claro. Escolha um tamanho de palheta bom para você e mãos à obra!
Segure a palheta entre o
polegar e o indicador. Quase metade da palheta ficará encoberta pelos seus
dedos – algumas palhetas possuem um sulco no corpo, que indica a posição de
segurá-la. A pegada deve ser firme, mas não tanto que a ponta não consiga se
mexer. Não a deixe muito frouxa também, pois ela pode escapar da sua mão.
Decida o seu som. A maioria
das marcas pode ser comprada por espessura. Elas vêm rotuladas como
"thin" (fina), "medium" (média), ou "thick"
(grossa), acompanhadas pela espessura em milímetros. A maioria das palhetas
varia de espessura entre 0.4 mm e 3 mm. Comece experimentando uma média, entre
0.60 e 0.80 mm.[4]
As palhetas finas variam de
0.40 a 0.60 mm. Quando você toca violão ou quer um som de guitarra carregado no
agudo, essas palhetas são as melhores. Elas são usadas normalmente para
preencher a base e fazer um meio termo em músicas de rock, pop e country. Mas
elas não têm peso suficiente para fazer base e solo sozinhas no rock.
As palhetas médias vão de
0.60 a 0.80 mm. Em questão de espessura, essas são as mais populares. Elas são
uma boa combinação de rigidez e flexibilidade que funciona bem para base de
violão e para solos de guitarra. Elas não são ideais para solos mais poderosos
e nem para batidas mais agitadas, mas não deixam de ser versáteis.
Acima de 0.80 mm, a palheta
pode ser considerada grossa. Com as menores espessuras dessa categoria você
ainda vai ter um pouco de flexibilidade para fazer alguma batida, mas também
vai ter firmeza suficiente para fazer arpejos e solos. Acima de 1.5 mm, você
começa a ter tons cada vez mais limpos, macios e quentes. Seu som vai começar a
ficar mais profundo com as palhetas mais grossas: de 1,5 a 3 mm. Essas são
usadas por músicos de jazz e metal.
Os materiais da palheta. As
mais baratas são feitas de plástico e são suficientemente boas para
principiantes. E não tem problema se ela desgastar rapidamente, basta adquirir
outra.[5]
Também existem palhetas
feitas de borracha pesada ou metal. Elas são desenvolvidas para a prática de
alguns estilos específicos. As de metal dão um som bem agudo enquanto que as de
borracha, produzem um som grave e profundo.
Teste alguns tipos de
palheta antes de se decidir por um. Você vai achar palhetas em lojas de música,
algumas lojas de rock e, certamente, online. Teste as palhetas dos seus amigos
e preste atenção na grossura, marca e material. Encontre o seu gosto pessoal.
DICAS
Não deixe o dedo médio
esticado, ele vai prejudicar a clareza de sua palhetada. Nem tente segurar a
palheta com três dedos, use apenas o polegar e o indicador. Ela foi desenhada
para funcionar com esses dois dedos.
Não esconda muito a palheta
dentro dos dedos, porque eles vão entrar na frente e atrapalhar. E deixe espaço
suficiente para fazer o pluck sem que ela escape.
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