Sem dúvida este é um dos
assuntos mais importantes para quem quer realmente se tornar músico, pois o
campo harmônico nos dá a completa visão das possibilidades harmônicas que temos
assim como toda a visualização de escalas, tornando assim o estudo puramente
matemático e claro. Primeiramente temos que entender para quê serve o campo harmônico,
qual sua finalidade.
O campo harmônico traduz na
verdade algo que nós sabemos por instinto, por exemplo, quando você esta
compondo uma musica, instintivamente você tenta achar uma seqüência melódica
que te agrade, e nas tentativas, é claro que as vezes tocamos seqüências de
acordes que parecem não combinar entre si, isso se deve ao fato de que existe
uma seqüência de acordes que se combinam, existe portanto uma seqüência
melódica, por exemplo, seria a diferença de tocar em seqüência um acorde maior/
menor/ menor/ menor/ menor/ maior temos uma progressão, que quando tocada soa
estranho, isso porque existe uma regra para combinação de acordes, isso não
pode ser feito aleatoriamente, você terá um efeito horrível se você tocar uma
seqüência :
Cm Dm Em Fm Gm Am Bm
Isso não pode ser feito,
então o campo harmônico serve para nos mostrar a sequência de acordes que irá
soar perfeitamente e aonde estariam as escalas para aplicação. Vendo o campo,
perceba que ele é composto por 7 graus, a escala musical é composta por sete
notas, portanto uma seqüência melódica de acordes está relacionado com a escala
musical que é a base de tudo. Na segunda aula analisaremos como é o vínculo entre
as escalas e os acordes.
Veja no campo harmônico a
seqüência de acordes com suas respectivas sétimas:
C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7
Bm7(b5)
Pois bem aqui temos o campo
harmônico natural, ele servirá de base para criarmos os outros. Agora feito o
primeiro campo temos uma definição sobre os graus:
I7M IIm7 IIIm7 IV7M V7 VIm7
VIIm7(b5)
Antes de seguir adiante vou
explicar porque o sétimo grau é chamado de meio diminuto. A explicação básica
do campo harmônico natural é que você tem uma seqüência de acordes que casam
com as escalas, e que nenhum dos acordes e escalas nesse posicionamento tem
sustenidos ou bemóis, pois bem faça um acorde de B, tanto faz ser maior ou
menor, veja que notas fazem parte do acorde.... você irá achar o F#. Ele é a
quinta justa de B.
Quinta justa seria o
seguinte, quando você monta, por exemplo, o modelo maior ou menor do acorde E
ou A, existe um modelo para o acorde, certo? Note que onde está o dedo 3 no
acorde corresponde a quinta do acorde, a quinta justa então seria sempre onde está
seu dedo 3, vamos contar juntos: B/C/D/E/F 1/2/3/4/5, é a nota F, mas montando
um acorde, a quinta é F#, baseado que no campo harmônico natural não pode haver
sustenidos, temos que tirar esse sustenido do acorde.
Temos dois modelos para esse
grau o meio diminuto e o quinta aumentada, ora a quinta justa de B é F# ,a
quinta aumentada é G. Tiramos o sustenido que não pode ter. Agora como faremos
para entender e criar os outros campos?
Agora você sabe quais
acordes se casam, mas veja bem, existe sempre as exceções, muitas musicas são
criadas com 2 campos diferentes, ou até 3, mas agora tudo têm uma explicação
lógica e matemática, 2 casos comuns é em uma determinada música, ela progredir
para um outro campo harmônico. Então o campo harmônico além de facilitar o seu
trabalho de composição, já te mostra onde estão as escalas para solar, já lhe
dá opções de acordes e facilita e muito para tirar músicas de ouvido; encontre
dois, três acordes e tente identificar em que campo está, você poderá tirar o
resto vendo quais os acordes que fazem parte do campo, e para solos ficará
muito mais fácil tirá-lo, sabendo onde estão as escalas.
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