23 abril 2018

Curso de Violão e Guitarra - O Violão de 12 Cordas


  É um instrumento acústico com 12 cordas em 6 pares, o que produz tom e toque mais rico do que um violão de seis cordas padrão.Essencialmente, é um tipo de violão com um natural efeito de coro devido às sutis diferenças nas freqüencias produzidas por cada uma das duas cordas de cada par.
  Um violão de 12 cordas é um violão comum como todos os outros. Porém ele tem uma construção mais detalhada, mais difícil e pesada. É feito para suportar 12 cordas ao invés de 6, então tudo é mais reforçado: cavalete, corpo, braço e Headstock. Ele possui 12 cordas, como o nome já diz. As cordas são agrupadas de duas em duas, formando assim 6 pares. Essas cordas são semelhantes ao violão de 6 cordas, ou seja, as cordas que ficam agrupadas são iguais. Sendo assim ele terá as mesmas cordas de um violão comum, mas terá essas cordas em um número dobrado.  As cordas que ficam agrupadas possuem a mesma afinação, ficando assim: E E B B G G D D A A E E . Então para afinar um violão de 12 cordas basta ter um afinador comum para violão ou afinar normalmente de ouvido. Agora veremos a técnica e a execução no violão de 12 cordas.
  Sempre ou quase sempre há aquela dúvida: Dá pra fazer bend em violão de 12 cordas? Tem como fazer solos em violão de 12 cordas? Como é palhetar em um violão de 12 cordas? Como são executados os acordes? Dúvidas e mais dúvidas se repetem, afinal nada sabemos de um Instrumento que não conhecemos não é mesmo? Vamos então para a explicação: Para você executar acordes comuns no violão de 12 cordas é exigido uma alta praticidade em fazer pestanas. Isso mesmo, pestanas em acordes comuns! Como as cordas são agrupadas de duas em duas, para fazer um acorde que você apertava uma corda no violão comum, você irá apertar duas cordas no violão de 12 Cordas. E se já é difícil fazer um acorde comum, imagine um acorde com pestana? É dificuldade dobrada comparada ao violão comum. A pressão que você tem que fazer é maior, já que o braço do violão tem 12 cordas para pressionar. Mas embora a pressão seja maior, o truque certo é o mesmo, depois de um tempo treinando, a força não será tão necessária já que o que irá contar mesmo é a prática. Quanto aos bends a resposta é: quase Impossível! As cordas são próximas demais, então para você fazer um bend é necessário muita força, além de muita prática. Solos são possíveis, mas solos rápidos podem não ser executados nunca. O melhor mesmo é usar o violão de 12 Cordas como violão base. Outras técnicas são possíveis, mas somente depois de muita prática no instrumento.

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Design
  As cordas são colocadas aos pares, que geralmente são tocadas juntas. Nos 4 pares mais graves as cordas são normalmente afinadas em oitava, enquanto os 2 pares agudos estão afinados em uníssono. A afinação da segunda corda no terceiro par (G) varia: alguns músicos usam o par oitavado o que é mais comum, outros usam o par em uníssono. Alguns violonistas,  sejam em busca de tom distintivo ou para a facilidade de tocar, removem algumas das cordas duplas. Por exemplo, ao remover a oitava superior dos três pares de baixo executa-se linhas de baixo, mais limpas, mas mantém as cordas extras agudas. As cordas geralmente são organizadas de tal forma, que a primeira corda de cada par a ser atingido em um movimento para baixo é a seqüência de oitava mais aguda, no entanto, esta ordem foi revertida pela Rickenbacker em sua guitarra elétrica modelo 360/12 popularizada por George Harrison na época dos Beatles. A tensão colocada sobre o instrumento pelas cordas é alta, e por isso, violão de 12 cordas tem uma reputação de deformação após alguns anos de uso, principalmente em alguns modelos que não possuem os tradicionais suportes estruturais para prevenir ou adiar esse destino, em detrimento da aparência e tom. Até a invenção do tensor de 1921, violões de doze cordas foram quase universalmente ajustados, inferior ao E A D G B E tradicional, para reduzir as tensões sobre o instrumento. O violonista de blues Leadbelly usava freqüentemente a afinação em C, mas em algumas gravações podem ser reconhecível B ou A. Alguns artistas preferem a riqueza de uma afinação aberta, devido ao seu quase som orquestral. A mais usada é a afinação aberta em D, do grave para o agudo D A D F# A D ou também em G. Uma gama habitual de afinações de guitarra também estão disponíveis.
   O violão de doze cordas é mais usado para acompanhamento do canto seja no rock ou música popular. Isso acontece porque tocar individualmente os pares do violão de doze cordas requer muito mais habilidade e força do que em um violão. Alguns músicos de hard rock e rock progressivo usam violões ou guitarras com dois braços, que têm ambos seis cordas e de doze cordas, permitindo a transição rápida entre diferentes sons. O maior número de cordas torna a vida do violonista árdua. A diferença entre os pares de corda é geralmente mais estreita do que entre os cursos de cordas de violão comum de seis cordas convencional, de modo que é necessária mais precisão com a palheta ou dedo quando se arpeja. Geralmente não é um instrumento dado a frases de alta velocidade. O grande barato do violão de doze cordas é o uso constante de notas pedais que transformam o som do instrumento em algo muito grande. Os violões de doze cordas são feitos em ambas as formas: acústicos e elétricos. No entanto, o acústico é mais comum.

Efeito Chorus
  As fileiras duplas de cordas do violão de doze cordas produzem um efeito de coro, porque a seqüência de sons individuais com aproximadamente o mesmo timbre e quase (mas nunca exatamente) o mesmo tom convergem e são percebidos como um só. Quando o efeito é produzido com sucesso, nenhum dos sons constituintes é percebida como sendo fora de sintonia. A interferência entre as freqüências ligeiramente diferente  produz um fenômeno que resulta em uma sonoridade de ascensão e queda de intensidade, muitas vezes considerado agradável ao ouvido. O efeito é mais aparente quando se ouve as notas que sustentam por longos períodos de tempo e é bastante conhecido pelo nome de chorus.