24 abril 2012

Velocidade: Dicas sobre escalas


  Para tocar rápido você precisa treinar a sua técnica e a sua mente. Você precisa treinar a sua memória e, acredite, o seu cérebro passará a funcionar melhor se você seguir as nossas dicas de memorização.

  Para se tornar um guitarrista solista é essencial saber as Escalas na ponta dos dedos. Mas existe um truque, que poucos conhecem, e esse truque irá te levar a um nível superior de conhecimento. Ele facilitará sua vida.

  Você não só aprenderá as escalas com facilidade, você as entenderá e nunca mais precisará se esforçar para lembrar de uma escala na hora de solar, porque eu sei que isso é muito frustrante e acaba fazendo com que os nossos solos não evoluam em ritmo natural. A gente começa a se sentir preso aquela única escala e sonoridade que aprendemos uma vez. Não se preocupe isso também passará.
Você está pronto para descobrir o truque? Ou melhor, os truques. Porque na verdade é um conjunto de práticas que torna o seu treino mil vezes mais eficiente. Dessa forma você não terá mais aquela sensação de que não sai do lugar há muito tempo.

Aqui estão os truques:
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1 - Aprenda um modelo da Escala Maior por semana. Não tente decorá-los de uma vez só, isso não funciona para ninguém. Além do mais você tem tempo suficiente para aprender.

2 - Quando tocar a Escala comece sempre pela tônica. Isso fará grande sentido para você, pois ajuda a visualizar automaticamente as escalas no braço da guitarra.

3 - Digamos que você aprendeu um dos desenhos da Escala de Sol Maior. Pronto você já decorou ele, não foi difícil. Mas não pare por aí, o que fará com que você aprenda de verdade esse desenho é treiná-lo nas doze tonalidades, sempre começando pela tônica.

4 - Quando treinar Escala Maior nas doze tonalidades evite tocar um desenho seguido do outro, por exemplo, Sol Maior, Sol sustenido Maior, Lá Maior e Lá sustenido Maior. Isso atrapalha muito, simplesmente por ser fácil demais e não trabalhar o seu raciocino da forma correta. Em vez disso, faça ‘saltos’ no braço da guitarra, por exemplo, Sol Maior, Ré Maior, Lá sustenido Maior, Mi Maior etc.

5 - Divirta-se com as escalas! Não existe melhor forma de aprender do que se divertindo. Quando você era criança, você aprendeu milhares de coisas enquanto brincava e nem percebia que estava fazendo muito mais do que brincar. Por exemplo,você aprendeu a andar brincando,aprendeu a distinguir as cores brincando e aprendeu que podia se machucar enquanto brincava também. Não ignore a fase mais divertida da sua vida! As crianças aprendem mais que os adultos porque brincam mais.

6 - Treine exercícios de técnica e velocidade enquanto sobe e desce as escalas. Dessa forma você mata dois coelhos com uma cajadada só. Por exemplo, você pode treinar a sua palhetada alternada enquanto toca um dos modelos da Escala maior.

7 - Treine com um Metrônomo. Ele é o melhor amigo de quem deseja tocar rápido e decorar escalas. O treino com o metrônomo é simples: Comece com um batimento bem lento e vá aumentando a velocidade progressivamente, até atingir o seu máximo. Com o passar dos dias o seu máximo será outro.

8 - Varie a forma de tocar a escala. Existem infinitas combinações, você pode andar duas notas, voltar uma, tocar mais duas notas e voltar mais uma...Você pode pular notas das escalas... Use a sua imaginação e descubra várias possibilidades.
 
Fonte original deste artigo: GuitarCoast

02 abril 2012

Extensão e Tessitura do Violão e da Guitarra


    Todo instrumento tem a sua extensão, ou seja, a distância entre a nota mais grave e a mais aguda que consegue atingir. A voz humana, por exemplo, tem várias subdivisões, que são classificadas, de acordo com as características físicas de cada cantor. Um baixo, cantor de voz grave, não pode cantar as mesmas notas que um soprano, voz aguda feminina. No naipe de cordas de uma orquestra, a extensão de um violino é toda em notas agudas. A viola de orquestra tem sua extensão em notas médias, o violoncelo em notas médias e graves e, por fim, o contrabaixo, com sua extensão toda em notas graves. Já a voz humana ou outros instrumentos tem uma região melhor para ser trabalhada, mais confortável e menos difícil.  A essa região damos o nome de tessitura, em que o cantor ou instrumentista irá trabalhar com maior freqüência, sem atingir o seu limite máximo. 
      Tanto o violão, quanto a guitarra com a sua afinação mais comum, vão desde o Mi da 6ª corda solta até o Si da 1ª corda na 19ª casa, numa extensão total de três oitavas e uma quinta. Acontece que após a 12ª casa, é bem mais difícil de posicionar a mão esquerda do violonista, devido a caixa de ressonância do violão tradicional começar no 12º traste. Não que seja impossível de tocar, muito pelo contrário, basta um pouco mais de técnica e treinamento. Seguindo a lógica aplicada a outros instrumentos, se chega ao que chamamos de tessitura do violão, ou seja, a sua extensão não forçada: do mesmo Mi da 6ª corda solta até o Mi da 1ª corda na 12ª casa, perfazendo assim três oitavas.