24 novembro 2012

Acordes sus e add

       
    Os acordes muitas vezes são construidos tomando cada outra nota da escala maior.  Por exemplo se voce constroí um acorde de três notas tomando cada outra  nota da escala maior  de C (C - D - E - F - G - A - B) , voce possui  C - E - G (um acorde de C maior). As notas individuais que formam o acorde são rotuladas segundo os seus graus da escala: C é "1" (ou tônica raiz do acorde) ; E é "3" (ou terça do acorde); e G é "5" (ou quinta nota do acorde).
     Em acordes sus, você substitui a terça do acorde com o quarto grau, como em sus4 ou as vezes com o segundo, como em sus2. O som resultante é incompleto ou não resolvido, mas acaba criando um som interessante, que não é nem maior nem menor. 
     Um acorde add é simplesmente um acorde básico (assim como um acorde maior natural) ao qual voce adiciona uma nota extra. Por exemplo: se voce pegar um acorde C e adicionar uma nota D a ele, você terá um acorde (notas: C - D - E - G) Cadd2. Este acorde é diferente do Csus2, o qual não possui E (Em seu lugar entra a nota D).

06 novembro 2012

Intervalos e formação de acordes


  Como já mencionado em lições anteriores, intervalo é a distância que separa duas notas musicais. Os intervalos recebem denominações diversas, como abaixo especificado na seguinte ordem:

Nome do intervalo
Distâncias
Exemplo

Segunda menor
1/2 tom (1 traste)
C para Db

Segunda maior
1 tom (2 trastes)
C para D

Terça menor
1 1/2 tons (3 trastes)
C para Eb

Terça maior
2 tons (4 trastes)
C para E

Quarta perfeita (ou justa)
2 1/2 tons (5 trastes)
C para F

Quarta aumentada ou Quinta diminuta
3 tons (6 trastes)
C para F#

Quinta perfeita (ou justa)
3 1/2 tons (7 trastes)
C para G

Quinta aumentada ou Sexta menor
4 tons (8 trastes)
C para G#

Sexta maior ou Sétima diminuta
4 1/2 tons (9 trastes)
C para A

Sétima menor
5 tons (10 trastes)
C para Bb

Sétima maior
5 1/2 tons (11 trastes)
C para B

Oitava
6 tons (12 trastes)
C para C


Usamos também as seguintes abreviaturas:

M = maior
m = menor
J = justa (perfeita)
+ ou Aum = aumentada
o = diminuta


  Agora é mais fácil entender. Com 5 regrinhas básicas é possível formar os principais acordes, ou seja, aqueles com os quais você deve ser capaz de harmonizar a grande maioria das melodias. Os acordes principais são formados por tríades, ou seja, três notas encontradas na escala a que o mesmo pertence e, a posição relativa destas notas é sempre a mesma, qualquer que seja a escala em questão. Vamos as regras explicadas na seguinte ordem:

Acorde
Notas que Compõem
Exemplo
Acorde

Maior
I + IIIM + VJ
C + E + G
C

Menor
I + IIIm + VJ
C + Eb + G
Cm

Aumentado
I + IIIM + VAum
C + E + G#
CAum (C5+)

Diminuto
I + IIIm + VO
C + Eb + Gb
CO

Sétimo
I + IIIM + VJ + VIIm
C + E + G + Bb
C7


  Agora basta aplicar esta seqüência de regras à qualquer uma das escalas e montar os acordes correspondentes.

02 outubro 2012

Os violões fabricados no Brasil


  O Brasil já possui longa tradição na fabricação de violões (guitarra acústica). Os interessados em adquirir um bom violão não necessitam recorrer a marcas estrangeiras. Pelo contrário, dada a qualidade dos violões nacionais, o Brasil vem exportando atualmente cerca de 1/4 de sua produção para os mais exigentes mercados europeus. 
  Entre nós, a fabricação do violão se dá, sobretudo em moldes artesanais. Noventa por cento de um violão é feito manualmente. Apenas a serragem da madeira é executada por máquinas especializadas. E aqui são produzidos os mais variados modelos, que atendem a todos os gostos e bolsos. Desde os mais simples violões, destinado aos estudantes, até os mais sofisticados, procurados pelos violonistas profissionais e concertistas, construídos com materiais de excelente qualidade e submetidos a rigorosos testes especiais.

23 setembro 2012

Postura - Como segurar o violão


  Para o violão popular não há uma posição padrão como há no violão clássico. Sentado o violonista apóia o violão sobre a perna esquerda, que devera estar apoiada em banquinho de mais ou menos vinte centímetros. O dedo polegar da mão esquerda deve permanecer sempre que possível no centro posterior do braço do violão.
 

  Mas devemos observar algumas coisas necessárias a um melhor desempenho futuro. Se por acaso você quiser tocar de pé, será necessário que você adquira uma correia, que você poderá comprar em qualquer casa de venda de instrumentos musicais, esta correia deve ser bem larga para evitar que tenhamos dificuldades em permanecer durante um tempo muito longo com o instrumento pendurado devido a dores no ombro.


  Segure o instrumento de forma que sua coluna permaneça reta, ou seja, evite curvar-se para ver as casas no braço do violão, e se você ainda vai realizar compra de um violão, observe que em alguns violões os botões ficam na parte superior do braço justamente para que você localize as casas sem ter que olhar diretamente para as casas. Quando tocar sentado evite se apoiar sob o violão, permaneça com a coluna reta sempre evitando olhar para o braço do violão.

24 agosto 2012

Violão e Guitarra - As técnicas mais utilizadas

•Slide
O slide consiste, basicamente, em tocar uma nota e "escorregar" o dedo para outra(s) casa(s)/nota(s).

Exemplo

E|--------------------
B|--------------------
G|------------7------
D|-----5-7/9---9----
A|-3/5---------------
E|--------------------



•Bend
Consiste em tocar uma nota e move-la (a corda,para cima ou para baixo)junto ao braço fazendo com que a nota suba para uma região mais alta(agúda), transformando-a em outra nota. O bend pode ser de 1/4 de tom, 1/2 tom, 1 tom, 1 tom e 1/2, 2 tons, 2 tons e 1/2 ou 3 tons.
Nas cordas agudas puxa-se a corda pra cima, nas graves para baixo.

Exemplo

E|--------------------
B|--------------------
G|-----5b----5b-------
D|--5b----5b----7-----
A|--------------------
E|--------------------

Neste caso o "b" representa um bend de 1/2 tom, a nota do(C) da casa 5 ao sofrer o bend soou como um do(C#) sustenido.



•Pre-Bend
Consiste em puxar uma nota para alcançar o som que se queira e após isso executar a nota, a diferença do pre-bend pro bend e que no bend primeiro você toca a nota do traste que esta marcando e depois ergue a corda e no pre-bend você primeiro ergue a corda e depois toca, omitindo a nota de origem. Tambem vai de 1/4 de tom a 3 tons.

Exemplo

E|--------------------
B|--------------------
G|-----b5----b5-------
D|--b5----b5----7-----
A|--------------------
E|--------------------

Neste caso, um pre-bend de 1/2 tom, a nota de origem, o do(C), nao soa, apenas o do(C#) sustenido.



•Release
Consiste em "baixar" a corda apos um bend ou de um pre-bend.

Exemplo

E|--------------------
B|--------------------
G|--------5br5--------
D|--5br5--------7-----
A|--------------------
E|--------------------



•Ligado
O ligado nada mais e do que tocar uma e "martelar" uma casa mais agúda, ou "desmarcar" a nota que foi tocada para uma outra casa mais grave soar. Esse recurso e muito utilizado para licks velozes, pois dispensa o uso de palheta.

O ligado ascendente quando você "martela" uma casa mais agúda também e chamado de hammer on.
O liga descendente quando você "desmarca" a nota atual para soar uma mais grave também e chamado de pull off.

Exemplo

E|--------------------
B|--------------------
G|--------5h7p5-------
D|--5h7p5-------7-----
A|--------------------
E|--------------------



•Vibrato
Consiste em fazer leves bends para baixo e para cima em sequencia.

Exemplo

E|--------------------
B|--------------------
G|--------5~~~~-------
D|--5~~~~-------7-----
A|--------------------
E|--------------------


•Tapping
É usar um dos lados da palheta(o que lhe for mais confortável, ou o próprio dedo) para "martelar" uma casa(nota). Esse recurso é usado para alcançar rapidamente regiões mais agudas do braço do instrumento.

Exemplo

E|--------------------
B|--------------------
G|--------5-t17-------
D|--5-t17------7------
A|--------------------
E|-------------------- 
 

20 julho 2012

Violão e Guitarra - Estudando e praticando escalas

   Escala nada mais é que uma sequencia de notas sucessivas, separadas por tons e semitons. Dependendo da forma que estão organizados estes intervalos, nós obteremos um modo maior ou menor.
    Em geral precisamos das escalas para fazer um solo enquanto alguém em outro violão, guitarra ou qualquer instrumento harmônico faz ao mesmo tempo uma base, a harmonia.  É possível ainda solar fazendo junto a harmonia, o que dificulta um pouco mais a execução. É possível também solar e sugerir a harmonia apenas através do solo o que já é bem mais avançado. Mas o início de tudo é o estudo das escalas das quais a inicial tomaremos com dó maior. Lembra-se daquele som: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó. Pois é, essa aí é a escala que vamos começar a treinar.  Existem duas questões básicas neste estudo que são:

1) A execução da escala, ou seja saber o desenho dos dedos no braço do violão ou da guitarra (que é um exercício físico e exige muita repetição)

2) O uso da escala, ou seja saber em que casos ou circunstâncias aquela escala deve ser usada (que é um exercício mental, precisa ser decifrado pelo menos uma vez).

A Escala Maior é uma escala heptadiatônica.

· Hepta - Pois possui 7 notas

· Diatônica - Pois é uma sucessão de semitons.

· Portanto os intervalos da escala maior são:

Tônica
2° maior
3° maior
4° justa
5° justa
6° maior
7° maior

É comum também o uso da 8° justa, que nada mais é a repetição da tônica.

Entre os graus III e IV, VII e VIII (3°M e 4°J / 7°M e 8°J respectivamente) o intervalo é de um semitom. Entre os demais graus (ou notas) o intervalo é de um tom.

Ex.:
Escala Maior C (dó)

DO – RE – MI – FA – SOL – LA – SI – DO
T___2M_3M__4J___5J__6M__7M__8J
I___II__III__IV___V___VI__VII__VIII

Reparem nos semitons entre III/IV e VII/VIII. (MI e FÁ - SI e DÓ)

Para entender melhor...

Tônica é a nota que dá nome e tom à escala.
Tons: Os tons são as próprias notas musicais.

Para facilitar quando, falarmos em acordes ou tons, usaremos o modo de grafia de notas dos países anglo-germânicas, onde são utilizadas letras do alfabeto:

C - Dó
D - Ré
E - Mi
F - Fá
G - Sol
A - Lá
B - Si

Então Escala de C = Escala Maior de Dó ou Escala de Dó Maior

Outras notações;

T - Tônica
2°M - segunda maior
4°J - quarta justa

Outro exemplo:
Escala Maior de Sol (G)

SOL – LA – SI – DO – RE – MI – FA# - SOL

T___2M_3M__4J___5J__6M__7M__8J

Dicas:

*Diga sempre os nomes das notas e o seu intervalo enquanto você digita a escala
*Faça essas digitações em todos os outros tons, pois o "desenho" (shape) da escala é o mesmo, assim como os intervalos.
*Lembre-se que na mão direita o movimento é alternado em cada nota tocada (indicador, médio, indicador, médio).

Escalas Maiores:

A- lá si dó# re mi fá# sol# lá
B- si dó# ré# mi fá# sol# lá# si
D- ré mi fá# sol lá si dó# ré
E- mi fá# sol# lá si dó# ré# mi
F- fá sol lá sib dó ré mi fá

A escala diatônica é uma escala com sete notas, e obviamente sete shapes. É a escala mãe de todas outras escalas, pois qualquer escala que você pensar teve origem através da diatônica.

Na diatônica possuímos a escala maior e menor e seus respectivos intervalos são os seguintes:

Diatônica Maior: T 2M 3M 4J 5J 6M 7
Diatônica Menor: T 2M 3m 4J 5J 6M 7


Agora veremos estas escalas nas tonalidades, faremos em Dó Maior e Lá Menor, que são escalas relativas:

Diatônica de Dó Maior: C D E F G A B
Diatônica de Lá Menor: A B C D E F G

Escalas Relativas: Este assunto já foi explicado em artigos anteriores neste blog, devido a isso, farei apenas uma explicação resumida sobre o assunto, Percebam nas escalas mostradas acima: se na escala maior pegarmos o sexto grau e consideramos como primeiro, teremos as notas da escala menor, começando por Lá (A) e seguindo a sequencia, a partir do terceiro grau, teremos todos os intervalos da escala maior. Concluímos com isso que a relativa menor está no sexto grau da escala maior, e a relativa maior está no terceiro grau da menor...

Exemplos de escalas relativas:
 C - Am
 G -  Em
 Bm - D
 Gm - Bb

Temos logo abaixo, os shapes (modelos) das escalas diatônicas menor e maior, as notas em vermelho são as tônicas dos shapes e é por elas que você deve começar a praticar as escalas, os modelos estão em Lá Menor e Dó Maior, que são relativas, reparem bem que os shapes são exatamente os mesmos, as mesmas notas, na mesma região só mudando a nota tônica...


As notas no braço do instrumento


Neste gráfico que representa o braço do violão ou da guitarra é possivel visualizar a localização de todas as notas naturais em suas respectivas casas. É importante lembrar, para o aluno iniciante, que os números colocados abaixo representam as casas onde estão localizadas as notas, sendo o zero (0) a representação da corda solta.  Para entender com clareza o gráfico, devemos levar em conta, que a visualização é invertida como no padrão internacional, sendo portanto a sexta corda a primeira linha de baixo para cima.



25 junho 2012

Curiosidades na história do violão


 No Brasil, quando falamos a palavra guitarra, estamos nos referindo a um instrumento elétrico chamado guitarra elétrica, isto porque os portugueses que introduziram esse instrumento no Brasil possuem um instrumento que se assemelha muito ao violão e que  equivale á nossa “Viola Caipira”.
 Os portugueses possuem um instrumento que possui as mesmas formas e características do violão, sendo apenas pouco menor, denominado  de viola portuguesa, quando os portugueses viram a guitarra espanhola, que era igual a sua viola (apenas um pouco maior), colocaram o nome do instrumento no aumentativo, de viola para violão.



20 junho 2012

Técnica da mão esquerda para violão e guitarra


  O polegar da mão esquerda serve de apoio, ficando atrás do braço do instrumento. Você deve ter o cuidado de não encostar a palma da mão na parte de trás do instrumento. Observe que a posição correta é apoiar o polegar na parte de trás do braço e manter a ponta dos dedos pressionando as cordas.


    Os dedos da mão esquerda devem pressionar as cordas no meio da casa ou próximo ao traste que estiver na frente do dedo. É importante lembrar que nunca devemos prender uma corda com o dedo em cima do traste.




O Violão (Guitarra Acústica)



   Sua origem é provavelmente asiática. Chegou á Europa no século IX e ali se firmou definitivamente. Na Espanha tornou-se o instrumento mais tocado pelo povo, enquanto nas cortes só se fixou a partir do século XVI. Entre os séculos XVII e XIX, o violão sofreu diversas transformações até chegar à forma atual.  O Violão é um instrumento acústico, ou seja, seu som é amplificado através de uma caixa acústica ou caixa de ressonância. Sem esta caixa o violão soaria como uma guitarra elétrica desligada. 

12 junho 2012

Os canhotos e as cordas do violão e da guitarra


   Os canhotos, como o famoso Jimi Hendrix, podem inverter as cordas das guitarras comuns ou comprar um modelo de guitarra ou violão especial para canhotos. Se a solução de inverter as cordas for adotada, seu braço direito poderá esbarrar nos controles de volume e tonalidade ao tocar. Assim, é provável que tenha de modificar a posição do braço para não obter efeitos indesejados.
  O canhoto pode se quiser tocar guitarra ou violão como se fosse destro, assim a mão esquerda, a mais firme ficaria responsável pelo braço do instrumento, o que seria extremamente benéfico, mas a mão direita ficaria responsável por tocar as cordas, dificultando algumas batidas e solos.

Prendendo as cordas


  É muito comum o iniciante no instrumento tocar de forma errada as cordas da guitarra e do violão, não saindo assim o som certo da nota desejada. Às vezes, podemos ouvir alguns trastejamentos, que são ruídos ou zumbidos metálicos, ou as notas de uma forma abafada. Para evitar isso, devemos manter nossos dedos da maneira, mais vertical possível e prender as cordas com os dedos posicionados próximos dos trastes.
 

15 maio 2012

Dica para exercicios de velocidade


   O que muitos músicos não sabem é que os melhores guitarristas do mundo praticam seus exercícios de velocidade, em um violão comum, acústico, sem amplificadores. Isso porque o peso das cordas é perfeito para um rápido desenvolvimento muscular dos dedos. Em uma guitarra elétrica, por causa das cordas macias e da amplificação, leva-se mais tempo até se atingir o mesmo progresso, porque os músculos não são forçados, não se exercitam e não se desenvolvem tão bem.

24 abril 2012

Velocidade: Dicas sobre escalas


  Para tocar rápido você precisa treinar a sua técnica e a sua mente. Você precisa treinar a sua memória e, acredite, o seu cérebro passará a funcionar melhor se você seguir as nossas dicas de memorização.

  Para se tornar um guitarrista solista é essencial saber as Escalas na ponta dos dedos. Mas existe um truque, que poucos conhecem, e esse truque irá te levar a um nível superior de conhecimento. Ele facilitará sua vida.

  Você não só aprenderá as escalas com facilidade, você as entenderá e nunca mais precisará se esforçar para lembrar de uma escala na hora de solar, porque eu sei que isso é muito frustrante e acaba fazendo com que os nossos solos não evoluam em ritmo natural. A gente começa a se sentir preso aquela única escala e sonoridade que aprendemos uma vez. Não se preocupe isso também passará.
Você está pronto para descobrir o truque? Ou melhor, os truques. Porque na verdade é um conjunto de práticas que torna o seu treino mil vezes mais eficiente. Dessa forma você não terá mais aquela sensação de que não sai do lugar há muito tempo.

Aqui estão os truques:
.
1 - Aprenda um modelo da Escala Maior por semana. Não tente decorá-los de uma vez só, isso não funciona para ninguém. Além do mais você tem tempo suficiente para aprender.

2 - Quando tocar a Escala comece sempre pela tônica. Isso fará grande sentido para você, pois ajuda a visualizar automaticamente as escalas no braço da guitarra.

3 - Digamos que você aprendeu um dos desenhos da Escala de Sol Maior. Pronto você já decorou ele, não foi difícil. Mas não pare por aí, o que fará com que você aprenda de verdade esse desenho é treiná-lo nas doze tonalidades, sempre começando pela tônica.

4 - Quando treinar Escala Maior nas doze tonalidades evite tocar um desenho seguido do outro, por exemplo, Sol Maior, Sol sustenido Maior, Lá Maior e Lá sustenido Maior. Isso atrapalha muito, simplesmente por ser fácil demais e não trabalhar o seu raciocino da forma correta. Em vez disso, faça ‘saltos’ no braço da guitarra, por exemplo, Sol Maior, Ré Maior, Lá sustenido Maior, Mi Maior etc.

5 - Divirta-se com as escalas! Não existe melhor forma de aprender do que se divertindo. Quando você era criança, você aprendeu milhares de coisas enquanto brincava e nem percebia que estava fazendo muito mais do que brincar. Por exemplo,você aprendeu a andar brincando,aprendeu a distinguir as cores brincando e aprendeu que podia se machucar enquanto brincava também. Não ignore a fase mais divertida da sua vida! As crianças aprendem mais que os adultos porque brincam mais.

6 - Treine exercícios de técnica e velocidade enquanto sobe e desce as escalas. Dessa forma você mata dois coelhos com uma cajadada só. Por exemplo, você pode treinar a sua palhetada alternada enquanto toca um dos modelos da Escala maior.

7 - Treine com um Metrônomo. Ele é o melhor amigo de quem deseja tocar rápido e decorar escalas. O treino com o metrônomo é simples: Comece com um batimento bem lento e vá aumentando a velocidade progressivamente, até atingir o seu máximo. Com o passar dos dias o seu máximo será outro.

8 - Varie a forma de tocar a escala. Existem infinitas combinações, você pode andar duas notas, voltar uma, tocar mais duas notas e voltar mais uma...Você pode pular notas das escalas... Use a sua imaginação e descubra várias possibilidades.
 
Fonte original deste artigo: GuitarCoast

02 abril 2012

Extensão e Tessitura do Violão e da Guitarra


    Todo instrumento tem a sua extensão, ou seja, a distância entre a nota mais grave e a mais aguda que consegue atingir. A voz humana, por exemplo, tem várias subdivisões, que são classificadas, de acordo com as características físicas de cada cantor. Um baixo, cantor de voz grave, não pode cantar as mesmas notas que um soprano, voz aguda feminina. No naipe de cordas de uma orquestra, a extensão de um violino é toda em notas agudas. A viola de orquestra tem sua extensão em notas médias, o violoncelo em notas médias e graves e, por fim, o contrabaixo, com sua extensão toda em notas graves. Já a voz humana ou outros instrumentos tem uma região melhor para ser trabalhada, mais confortável e menos difícil.  A essa região damos o nome de tessitura, em que o cantor ou instrumentista irá trabalhar com maior freqüência, sem atingir o seu limite máximo. 
      Tanto o violão, quanto a guitarra com a sua afinação mais comum, vão desde o Mi da 6ª corda solta até o Si da 1ª corda na 19ª casa, numa extensão total de três oitavas e uma quinta. Acontece que após a 12ª casa, é bem mais difícil de posicionar a mão esquerda do violonista, devido a caixa de ressonância do violão tradicional começar no 12º traste. Não que seja impossível de tocar, muito pelo contrário, basta um pouco mais de técnica e treinamento. Seguindo a lógica aplicada a outros instrumentos, se chega ao que chamamos de tessitura do violão, ou seja, a sua extensão não forçada: do mesmo Mi da 6ª corda solta até o Mi da 1ª corda na 12ª casa, perfazendo assim três oitavas. 
   
    

28 março 2012

Violão ou Guitarra?


Guitarra, guitare, guitar, gitarre, chitarra é como se chama o violão, respectivamente em espanhol, francês, inglês, alemão e italiano, palavras que vieram do grego Kíthara, nome que designava um dos principais instrumentos de cordas existentes na antiguidade. Já a origem da palavra violão é bem mais clara e deriva da palavra viola mais o sufixo ão (aumento).  A viola é um instrumento muito conhecido em nossa música sertaneja e que apresenta grande semelhança com a guitarra do século XIV. Violão é, pois, literalmente viola grande.

23 março 2012

A fórmula das escalas maiores


  As escalas maiores são formadas pela seguinte fórmula: | tom tom 1/2 tom tom tom 1/2 | Vamos à prática: comecemos pela Escala Maior de Dó (C), por ser a mais simples. Lembra-se das 12 notas?

C-C#-D-Eb-E-F-F#-G-Ab-A-Bb-B-C-C#-D-Eb-E-F-F#-G-Ab-A-Bb-C...etc

Começando pelo C, seguindo a fórmula, temos:

I II III IV V VI VII VIII

C.. D.... E...... F... G.. A .....B....... C


  Fácil, não? O I grau é a Tônica (root, raiz), que dá o tom da Escala. O II grau vem, pela fórmula, depois de um intervalo de 1 tom, ou dois 1/2 tom. Procure na sequência de notas. Achamos o D. O III grau, mais 1 tom (dois 1/2) - acharemos o E. O IV, só 1/2 tom - teremos o F, e assim por diante. TODAS as escalas maiores são construídas dessa forma. Usamos a de C como primeira, porque ela não apresenta acidentes - sustenidos (#) ou bemóis (b).

Vejamos a de Sol (G):

I II III IV V VI VII VIII

G ..A..... B .....C... D.. E... F#...... G


  Notou que agora temos o Fá sustenido (F#)? Mas a fórmula continua a mesma: tom,tom,1/2,tom,tom,tom,1/2. Comece pela tônica e confira. Pegue um lápis e papel e tente construir as outras. Procure memorizar a fórmula.

01 fevereiro 2012

Cordas de Aço ou Nylon?


  Aos iniciantes sempre sugerimos que comecem com as cordas de nylon. O violão fica mais "macio". As cordas de aço são usadas mais para o estilo de acompanhamento com palheta, tipo violão Folk. Para solos e mesmo para acompanhamentos, aconselho iniciar os estudos usando as cordas de nylon. Caso o aluno tenha preferência por violões com cordas de aço, procure utilizar encordoamentos leves, próprios para iniciantes, pois assim não encontrará dificuldades para prender as cordas do violão de modo correto e obter um som "limpo", sem abafamentos e ruídos indesejáveis. 

16 janeiro 2012

Escalas Menores Naturais

 

 As escalas menores naturais são derivadas das Escalas Maiores, a partir do seu VI grau, mantendo-se os intervalos. Vamos ver a escala maior de C:

I II III IV V VI VII VIII
C D E F G A B C


  O seu VI grau é A (Lá). Então vamos separar a de Am (Lá menor): C D E F G A B C D E F G ...

Teremos então:

I II III IV V VI VII VIII
A B C D E F G A


  Percebeu que as notas das duas escalas são as mesmas? Por isso dá-se a elas o nome de Escalas Relativas. Quando o tom da música for C, por exemplo, você poderá improvisar utilizando as escalas de C (Dó Maior) ou Am (Lá menor). E vice-versa. Esta "relatividade" pode - e deve - ser utilizada para todas as notas. O VI grau de uma escala maior é SEMPRE sua Relativa Menor; o III grau de uma escala menor é SEMPRE sua Relativa Maior.

  Notamos, também, que nossa fórmula, a partir da Tônica Menor, ficou assim: 

| tom 1/2 tom tom 1/2 tom tom |

 Tente escrever todas as escalas naturais menores. Confira pela fórmula.

  Viu? Passou aquele medo de escala que você tinha? Ainda não... Mas veja: com esta pequena introdução, muito fácil, por sinal, você já é capaz de formular 24 escalas - 12 maiores e 12 menores. Com uma vantagem: você só teria que decorar 12, já que as outras 12 são suas relativas (contém as mesmas notas).