23 novembro 2008

O básico da afinação

  Este é um procedimento um pouco difícil para o principiante, mas é bom que você tente para ir se acostumando. Por favor não arrebente a corda do violão! O violão tem 6 acordas, a saber E B G D A E de baixo para cima. Dependendo de quanto a tarraxa estiver esticada essas cordas podem ter outro som que não os necessários, corda mais folgada som mais baixo e corda mais apertada som mais alto. 
  O que você tem a fazer é esticar convenientemente essas cordas. Afrouxe a 6ª corda (E mais grossa) e vá rodando a tarraxa, a corda não pode ficar folgada nem apertada demais. Se o violão já estava mais ou menos afinado deixa-a como está. Coloque um dos dedos na 5ª casa da corda E. Afrouxe a tarraxa da corda A e vá apertando aos poucos .O som produzido deve ser igual ao da corda A, já que o E na 5a casa é um A. 
  Repita o processo para a corda D e para a corda G. Faça o mesmo procedimento para a corda B, só que apertando na 4ª casa ao invés da 5ª, já que para fazer um B devemos apertar na 4ª casa. Volte a apertar na 5ª casa e afine a E mais fina. 
 Quando estiver afinando repare que por causa de um fenômeno chamado ressonância, quando a corda de baixo estiver afinada a mesma vibrará sem você toca nela! 
 Toque a primeira corda, escute o som e depois toque a segunda. Ouça se é preciso apertar ou folgar a tarraxa. Com o tempo você perceberá as mínimas diferenças entre os sons. Por enquanto seu ouvido ainda não está acostumado e não existe uma fórmula mágica para fazer isso depressa, por isso não desista nem se encabule se você não conseguir uma afinação satisfatória. 

06 setembro 2008

Dedilhados - Parte 02 - Exercícios

 Uma vez que você aprendeu a técnica, experimente este exercício. Toque cada compasso 4 vezes e então passe para o próximo exercício. Continue tocando até que você consiga tocar bem solto.

01
E------3------------------------3-------
B ----------0---------------0------------
G -------------0-------0-----------------
D --0--------------0---------------------
A -----------------------------------------
E -----------------------------------------
02
E ------0------------------------0-------
B ----------0---------------0------------
G -------------0-------0-----------------
D --2--------------2---------------------
A -----------------------------------------
E -----------------------------------------
03
E ------0------------------------0-------
B ----------1---------------1------------
G -------------0-------0-----------------
D --2--------------2---------------------
A -----------------------------------------
E -----------------------------------------
04
E ------2------------------------2-------
B ----------1---------------1------------
G -------------2-------2-----------------
D --0--------------0---------------------
A -----------------------------------------
E -----------------------------------------

  É muito bom você aprender o básico corretamente. Se você é capaz de tocar bem esses exercícios, você estará no caminho correto para dominar a técnica de dedilhados.

02 setembro 2008

O vibrato na guitarra

  O vibrato é o efeito de variação de tom conseguido com a alavanca ou mesmo através de pressão variável do dedo sobre a corda no braço do instrumento.

E----------------------------------------
B---------------------------------------
G---------------------------------------
D-------2--5~--------------------------
A----3----------------------------------
E---------------------------------------

 Neste caso a última nota deve sofrer vibrato. É necessário conhecer a música em questão para saber como este vibrato deve ser efetuado. 

A técnica do hammer-on

 Um hammer-on consiste em martelar com um dedo da mão esquerda uma corda em um traste fazendo soar a nota sem o auxílio da mão direita.

E--------------------------------------------
B---------------------------------------------
G---------------------------------------------
D---------------------------------------------
A-----------5h7-------------5h7-----------
E---0--0------------0--0--------------------

  No exemplo acima após ferir a sexta corda solta duas vezes o músico deverá ferir a quinta corda na quinta casa e imediata e vigorosamente apertar a mesma corda (quinta) duas casas a frente (sétimo traste), fazendo a corda soar apenas com a martelada e sem auxílio da mão direita. Depois repita a seqüência

01 setembro 2008

A técnica de slide

Slide é a técnica em que uma nota é tocada e então seu dedo desliza até outra nota. Este é um exercício bem simples. Geralmente você verá na tablatura o símbolo "/" para um slide up (acima) e " \" para um slide down (abaixo). 

Slide Up 

Na corda A , pressione na casa 5 e então toque-a, então, sem remover o seu dedo, deslize até a casa 7. Não toque novamente. 

E----------------------------------------- 
B ----------------------------------------- 
G ----------------------------------------- 
D ----------------------------------------- 
A ------------5 / 7----------------------- 
E ----------------------------------------- 

  Não remova o dedo do braço da guitarra(escala) quando estiver fazendo o sliding. Mantenha o dedo pressionado na escala da guitarra. 

Slide Down 

Na corda B , pressione na casa 5 e então toque.sem remover o dedo, deslize até a casa 3. Não toque novamente. 

E ----------------------------------------- 
B ---------------5 \ 3-------------------- 
G ----------------------------------------- 
D ----------------------------------------- 
A ----------------------------------------- 
E -----------------------------------------

28 agosto 2008

Como estudar violão e guitarra

  Não vou dizer que a resposta é única e exata, mas posso dar alguns toques para que você mesmo possa encontrá-la. Lembre-se sempre de que todo e qualquer contato que possa ter com o instrumento será válido, a intimidade que se ganha a cada dia é fundamental para um bom desenvolvimento. Escolha um dia para dar uma geral em grande parte do que aprendeu. Como numa sequência, revise escalas, arpejos, acordes, padrões, etc...
  Estude sempre com o metrônomo, para ter a segurança do tempo de forma linear, trabalhando intensidade, duração, dinâmica, etc...  
 Dessa forma, será mais fácil avaliar a evolução no instrumento e, com isso, reconhecer os pontos que precisam ser fortalecidos.

Duração

 Quando houver um novo assunto, deve ser dada uma maior atenção para ele. Meia hora por dia com concentração será mais rico e proveitoso do que duas ou três horas dispersas. Como e quanto será absorvido do assunto vai sempre variar de pessoa para pessoa, mas a questão é a forma como é feito o estudo. É interessante dizer que todos os bons músicos que conheço estudaram assistindo à televisão. Como esclarecer isso?
 Outro ponto importante a citar é a história de que "fulano estuda oito horas por dia!" Esse tipo de estudo, de longa duração, deve ser muito bem organizado. O cuidado com o corpo humano, a nossa máquina, é de suma importância. A atividade repetitiva pode gerar lesões graves, como a tão famosa inflamação nos tendões (tendinite).

Portanto:

1) Alongamentos nos braços e nos dedos antes, durante e depois dos estudos, são essenciais para o condicionamento e, assim, para um melhor aproveitamento do tempo. Caso contrário, você terá de interromper o aprendizado por causa do cansaço. Lembre-se: você é um atleta dos braços e dos dedos.

2) Planejar é importante. Alterne seus objetivos: rapidez, agilidade, tudo o que se refere a solos (escalas, arpejos, técnicas em geral), parte harmônica (acordes), ritmo e teoria.

3) Ouça de tudo. Escute tudo aquilo que possa contribuir para a sua formação como músico. É uma das melhores coisas a se fazer. Com esses cuidados, você irá planejar seu tempo e criar um ritmo próprio de estudo.


25 agosto 2008

Dedilhados - Parte 01

Finger picking 

  É a técnica de tocar a guitarra onde os dedos são usados em vez de se usar uma palheta. Esta lição mostrará alguns tipos de finger picking (dedilhado). Quando ler música que usa a técnica, você verá o termo "PIMA" ou as iniciais P, I, M ou A . PIMA representa o dedo polegar e os outros 3 primeiros dedos da mão direta. O termo PIMA é usado para indicar qual dedo deve-se usar para tocar a nota. Essas letras são abreviações do Espanhol e representam:

Pulgar = Polegar
Indice = Indicador
Medio = Médio
Anular = Anular

 Pronto? Então vamos começar o nosso primeiro exercício. Use sua mão esquerda para formar o acorde de E no braço da Guitarra. Toque as notas usando sua mão direita e os dedos indicados. Toque de baixo para cima usando a ponta do dedo (Toque de cima para baixo quando for usar o Polegar). Você pode usar a ponta do dedo para tocar ou a unha. O que for melhor para você.

-----P--A--M--I--P--A---M-I----P
E ------0--------------0-----------------
B ----------0--------------0-------------
G -------------1--------------1----------
D --2--------------2---------------2----
A -----------------------------------------
E -----------------------------------------

No próximo exercício usaremos o mesmo acorde, mais iremos usar os dedos descendentemente. Comece tocando devagar e vá aumentando a velocidade aos poucos.

----P----I----M--A--P-I--M--A
E ----------------0-------------0--------
B -----------0-------------0-------------
G -------1-------------1-----------------
D --2--------------2---------------------
A -----------------------------------------
E -----------------------------------------


18 agosto 2008

As guitarras de corpo maciço

  Um problema básico era a adaptação de captadores eletrônicos ao violão acústico. Se o volume do amplificador era muito alto, o som do alto-falante fazia o bojo da guitarra vibrar, criando um ruído de chiado, ou feedback. A solução foi aumentar a massa do corpo do instrumento para reduzir a vibração. 
 Assim, nos anos 40 apareceram as primeiras guitarras elétricas de corpo maciço. Já rolou muita polêmica a respeito de quem produziu a primeira guitarra de corpo maciço. O guitarrista Les Paul criou sua própria guitarra Log, usando p braço de uma Gibson adaptado a uma peça maciça de pinho sobre o qual foram instalados os captadores e o bridge (cavalete das cordas). Paul tocou a Log em diversas gravações de sucesso. Outro pretendente dessa primazia é o engenheiro Paul Bigsby, que fez uma guitarra elétrica de corpo sólido para o guitarrista de country Merle Travis. A forma e a confecção dessa guitarra tiveram influência direta de Léo Fender, que depois se converteria no mais respeitado fabricante de guitarras elétricas de corpo maciço. 

As primeiras guitarras elétricas

  Nos anos 20 as guitarras eram comuns nas orquestras de jazz e dança. Devido a seu volume relativamente baixo, eram em geral usadas para dar a base rítmica. Na tentativa de mudar isso, um engenheiro da Gibson, Lloyd Loar, começou a testar captadores eletrônicos. Foi, entretanto, outra empresa norte-americana, a Rickenbacker, que em 1931 construiu o primeiro instrumento eletrônico de cordas comercialmente disponível - a pedals steel portátil.
 Um ano depois a empresa introduziu a primeira guitarra elétrica à venda no mercado, a Electro Spanish. Esta era um modelo bárico arch top condicionado com um captador magnético em ferradura. Mas foi a Gibson ES-150, lançada comercialmente alguns anos depois, que atraiu a atenção do guitarrista de jazz Charlie Christian, que levou a guitarra elétrica a ser vista como proposta musical séria. 

11 agosto 2008

Guitarra - Problemas e soluções

BRAÇOS EMPENADOS E TENSORES 

  Guitarras mais modernas, com 24 casas, tipo Jackson e Ibanez, têm um braço "fino" e, como qualquer guitarra, sofrem muito a influência da temperatura, sobretudo aqui no Brasil, onde, num só dia, faz calor e frio, faz sol e chove, as guitarras demoram um tempo para se estabilizarem. O braço da guitarra é uma espécie de termômetro; basta uma mudança de temperatura, para ele também se alterar. E não existe nada mais frustrante e desagradável do que um braço "empenado". Portanto, aqui vão algumas dicas para saber se o braço de sua guitarra está ou não empenado.
  Alinhe a guitarra de modo que se possa vê-la numa linha reta, podendo-se notar uma curva, para frente ou para trás, o braço está "empenado". Um outro detalhe: se um lado estiver mais empenado que o outro, o braço está "torcido"! Um grave problema. Outra forma usada consiste em pressionar, ao mesmo tempo, a primeira e a última casa do braço da guitarra .Olhando para o centro do braço, se a corda estiver alta, o braço está empenado.
  Corrigir esse problema até que é simples, mas deve-se tomar cuidados. Por isso é importante conhecer bem o instrumento, para que outros problemas sejam evitados. Por exemplo, se o tensor já foi por demais utilizado - porque também ele tem um limite - está mais do que na hora de trocá-lo ou comprar outro braço. 
  O "Tensor" é uma espécie de barra de ferro que, localizando-se no interior do braço da guitarra, mais especificamente entre a escala e a parte de trás do braço, tem a função de tensioná-lo. A ponta do tensor (bucha) geralmente fica no "head stock" da guitarra, mas em algumas delas, pode localizar-se no começo do braço. Nesse caso, é preciso tirar o braço, para que se possa regular. Apertando (sentido horário) corrige-se a "empenada" para frente, enquanto que ao soltar está se corrigindo a "empenada" para trás. A "empenada" para frente dá aquela sensação que as cordas estão muito altas, a "empenada" para trás faz com que a guitarra "trasteje" muito (aquele som de lata). É importante checar se esse problema existe, pois se o braço estiver "empenado" ou "torcido" e assim permanecer por muito tempo, será difícil consertá-lo, porque ele poderá se estabilizar nessa situação.
  Um outro cuidado básico é como guardar a guitarra -com a frente dela sempre voltada para a parede ou para o chão- pois assim você não se estará colocando mais pressão além das cordas sobre o braço. Como já foi dito, guitarristas técnicos gostam das cordas "coladas" no braço, isto é, bem próximas a ele, mas reclamam que "trastejam" demais. É impossível uma ação de corda baixa sem "trastejo", mas ao meu ver, mesmo "trastejando", contanto que as notas não sejam "engolidas", não há motivo para se preocupar, procure sempre um bom "luthier"(pessoas especializadas em regulagens de instrumentos) para cuidar desse assunto.

Tipos de Cordas para Violão e Guitarra

0.08= extremamente leve, são recomendáveis apenas a aqueles que não podem fazer muita força e esforço com os dedos. Nos anos 80, este tipo de encordoamento foi muito popular, pois era usado por guitarristas que tocavam heavy-metal, devido à facilidade de tocar rápido, mas que no fim acaba gerando um som de guitarra mais fraco e magrinho....

0.09= possivelmente a mais vendida de todos os tipos. Som razoável, fácil de dar bends, mas também é fácil de quebrá-las...

0.10= em minha opinião, a melhor. O som vem na medida certa, possibilitando graves suficientes... Os bends ainda continuam fáceis, e a corda nova, de boa marca, em uma guitarra bem regulada (ponte, braçø) dificilmente vai quebrar. Se você está procurando um som de guitarra mais cheio, gordo e encorpado, experimente a BLUE STEEL® 0.10/0.46, da empresa Dean-Markley®.

0.11= pesada. Dificilmente vai conviver bem com uma guitarra com micro-afinação (a ponte possivelmente vai ficar inclinada). O som é muito bom, e você pode usar em Stratocasters ® e similares, e Les-Paul's , além de guitarras semi-acústicas para jazz e R&B.

0.12= extremamente pesada, dura e difícil de dar bends. Dependendo do tipo de guitarra (japonesas e coreanas principalmente), pode-se até mesmo empenar (enclinar demasiadamente) o braço do instrumento, devido à tensão gerada. 0.12 podem conviver bem em uma guitarra com braço grosso, gordo de jazz, como a Gibson® ES- 175, mais cuidado com a tendinite....

Você também deve prestar atenção no número que se segue à estes acima. 0.09, 0.10, etc... correspondem a 1ª corda, a mais aguda (mizinha). Existem no mercado cordas híbridas, que misturam , por exemplo, 0.09 com 0.10, entre outras. As combinações mais populares em todo o mundo são:
0.09 - 0.42
0.09 - 0.46
.10 - 0.46
0.10 - 0.52

TÍPICA TABELA DE ESCOLHA:

extra-little = 0.08 - 0.38
little = 0.09 - 0.42
custom little = 0.09 - 0.46
regular = 0.10 - 0.46
reg.-medium = 0.10 - 0.52
medium = 0.11 - 0.52
jazz hard = 0.12 - 0.56

  Achar a corda certa para seus dedos e seu instrumento pode levar um certo tempo, mais com certeza vale a pena pesquisar. Aproveite bastante essas dicas!

02 agosto 2008

Modos Gregos - Parte 02

  Agora que já geramos os sete Modos, podemos compará-los e notar a diferença que os mesmos têm entre si, se tratando dos intervalos que compõe cada um deles. Para isso, vamos separá-los em “grupo dos maiores” (que possuem terça maior) e “grupo dos menores” (que possuem terça menor). Como referência do grupo dos maiores, teremos o Jônio, que também pode ser classificado como “Modo Maior” (ou Escala Maior), e teremos o Eólio, como referência do grupo dos menores, que também pode ser classificado como “Modo Menor” (ou Escala Menor Natural). 
  Vocês poderão notar que em relação ao grupo correspondente, cada Modo terá um intervalo diferente em relação ao seu “Modo-referência”, com exceção do Lócrio que terá dois. A esses diferentes intervalos damos a classificação de “Intervalos Característicos”, pois eles são considerados como a principal característica de cada Modo, ou seja, o que faz com que cada um deles tenha uma certa particularidade em relação à sonoridade que os mesmos geram. A seguir veremos os intervalos característicos dos Modos que estarão entre parênteses para melhor visualização. 

Obs: Os mesmos estarão divididos em “grupo maior” e “grupo menor” para melhor compreensão.

Jônio (*) T - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7M
Lídio T - 2 - 3 - (#4) - 5 - 6 - 7M
Mixolídio T - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - (7)

(*) = Modo Jônio referência, Escala Maior ou “Modo Maior”, (não possui intervalo característico). 
( ) = Intervalo característico dos demais Modos entre parênteses.

Eólio (**) T - 2 - b3 - 4 - 5 - b6 - 7
Dórico T - 2 - b3 - 4 - 5 - (6) - 7
Frigio T - (b2) - b3 - 4 - 5 - b6 - 7
Lócrio T - (b2) - b3 - 4 - (b5) - b6 - 7

(**) = Modo Eólio referência, Escala Menor Natural ou “Modo Menor”, (não possui intervalo característico).
( ) = Intervalo característico dos demais modos entre parênteses.

  Como podemos notar acima, no “grupo dos maiores” o intervalo característico do Modo Lídio é a #4 (quarta aumentada), e do Mixolídio é a 7 (sétima menor), sendo que em cada um deles é a única diferença que os mesmos possuem em relação ao Jônio.
  Já no “grupo dos menores” o intervalo característico do Modo Dórico é a 6 (sexta maior), do Frigio é a b2 (segunda menor) e no Lócrio temos dois, a b2 (segunda menor) e a b5 (quinta diminuta). Como havia dito anteriormente o Modo Lócrio é o único que possui dois intervalos característicos, sendo que os demais só possuem um em cada.
  Nota: Para resumir, podemos sempre pensar nos Modos sendo gerados através de cada grau de uma Escala Maior qualquer, ou seja, o Jônio correspondendo ao primeiro grau (nota) da escala, o Dórico ao segundo, o Frígio ao terceiro, o Lídio ao quarto, o Mixolídio ao quinto, o Eólio ao sexto e o Lócrio ao sétimo. Isso facilitará o raciocínio até que se tenha prática no assunto.

Razões para tocar um instrumento musical

 Um estudo recente pela universidade de Califórnia mostrou que após oito meses de lições do teclado os preschoolers mostraram um impulso de 46% em seu raciocínio espacial.
1) Realça o desenvolvimento do cérebro nas crianças que melhoram desse modo o matemática, a leitura, contagens espacial-temporal e mais.
2) Profissionais e estudantes que tocam algum tipo de instrumento como forma de entretenimento reduzem significativamente o estresse.
3) Estudantes de colegial que estudavam música (tocar e leitura), em pesquisa realizada nos EUA, tiveram melhor desempenho escolar quando comparados aos estudantes que não tinham nenhuma atividade relacionada à música.
4) Tocar algum tipo de instrumento em parceria reativa o bom humor.
5) Hospitais norte americanos apoiam o uso da música como forma de reativar a auto-estima dos pacientes e colaborar para a recuperação de graves doenças.

Fonte: revista Música & Mercado 


30 julho 2008

Praticando escalas


  Quer melhorar a sua digitação? Quer melhorar os seus solos? Se quer, você terá que praticar as escalas. Isto pode soar muito chato, mas praticando escalas você se tornará um bom guitarrista.Ela melhorará sua digitação, dará a você um melhor senso de tempo e o ajudará a entender os fundamentos da música.
Abaixo a mais básica escala de todas: Pentatônica A menor.

---------------------------------------5--8-----
--------------------------------5--8------------
-------------------------5--7-------------------
------------------5--7--------------------------
----------5--7----------------------------------
5--8-------------------------------------------

  Esta escala pode ser ouvida em todos os tipos de música, especialmente Blues e Rock. Quando tocar esta escala (ou qualquer outra), use alternar o movimento da palheta, tocando cada nota igualmente. Uma vez que você tocou a escala, toque a de trás para frente, movimente a escala para cima e para baixo no braço da guitarra, Agora, use bends, pull offs, hammer-ons e slides na escala. Esses exercícios irão ajudá-lo a aprender técnicas para solar. Abaixo exemplos de exercícios:
  Este exemplo usa pull offs usando a escala Pentatonica:(ao modo AC/DC's Back in Black)

---3p0---------------------3p0---------------------
-----------3p0-----------------------3p0-----------
--------------------2p0----------------------2p0---
---------------------------------------------------
---------------------------------------------------
---------------------------------------------------

Aqui outro exemplo com bend na casa 7 na corda G subindo uma nota inteira, então deixe as próximas 2 notas soarem.

--------------5-----------------5-----
---------5----------------5----------
---7b/------------7b/-----------------
-------------------------------------
-------------------------------------
--------------------------------------

Esses são apenas 2 exemplos com escalas pentatônicas, invente as suas próprias, então incorpore todas juntas para seus próprios solos.


Violão e Guitarra - Modos Gregos


  Para originarmos os modos gregos, podemos imaginá-los sendo gerados a partir da escala maior, que também é conhecida como maior natural. Para obtermos os modos, devemos imaginar que cada uma das notas (ou graus) da escala maior irá assumir o papel de tônica sobre o grau que estas mesmas são correspondentes.
 Tomando como exemplo a escala de Dó maior teremos as seguintes notas: C - D - E - F - G - A - B, gerando respectivamente os intervalos de T - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7M. Ao imaginar cada grau da escala maior sendo a tônica de uma nova escala, os intervalos vão ter sempre uma configuração diferente, pelo fato de haver deslocamentos entre os tons e semitons que existem entre essas notas. 
 Teremos um total de sete modos, ou seja, um para cada nota correspondendo aos sete graus da escala maior. Partindo desse raciocínio, vamos à formação de cada um deles.
 Os nomes dos sete modos na ordem natural são: Jônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio e Lócrio. A seguir teremos a seqüência de todos eles partindo da escala de Dó maior como referência, juntamente com os seus respectivos intervalos entre parênteses.

Jônio - C - D - E - F - G - A - B Intervalos gerados - (T - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7M)

Dórico - D - E - F - G - A - B - C Intervalos gerados - (T - 2 - b3 - 4 - 5 - 6 - 7)

Frígio - E - F - G - A - B - C - D Intervalos gerados - (T - b2 - b3 - 4 - 5 - b6 - 7)

Lídio - F - G - A - B - C - D - E Intervalos gerados - (T - 2 - 3 - #4 - 5 - 6 - 7M)

Mixolídio - G - A - B - C - D - E - F Intervalos gerados - (T - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7)

Eólio - A - B - C - D - E - F - G Intervalos gerados - (T - 2 - b3 - 4 - 5 - b6 - 7)

Lócrio - B - C - D - E - F - G - A Intervalos gerados - (T - b2 - b3 - 4 - b5 - b6 - 7)


28 julho 2008

O que é exatamente uma escala?

  A escala é uma série de notas que são usadas para se construir acordes. São também usadas para melhorar a digitação, construir solos, melhorar o timing e ajudá-lo a escrever uma canção. Cada nota da escala é chamada de "grau". O primeiro grau (ou nota)em uma escala é chamado de "root". A escala irá começar e terminar na nota root. Por exemplo, se a escala começa em um C, C é o root, a escala irá terminar em um C. A escala então será uma Escala de C Maior, o acorde construído a partir desta escala será C maior. A escala de C maior tem 8 notas: C,D,E,F,G,A,B,C. Cada nota é separada por um tom inteiro, exceto quando vamos do B para C, e do E para o F. Como abaixo:

A (1) B (1/2) C (1) D (1) E (1/2) F (1) G (1) A 

20 julho 2008

Técnicas básicas de dedilhado

Desde o início da década de 60, o dedilhado fingerpicking tem sido sinônimo da música folk americana e de violão de cordas de aço. Mas você não precisa ser fã de folk, nem tocar violão, para se beneficiar dos dedilhados baseados em padrões. Há muitas maneiras de aproveitar a energia suave e rítmica do dedilhado fingerpicking na música contemporânea. O truque é combinar movimentos tradicionais da mão da palheta com aberturas e timbres modernos. Nesta lição, mostramos como fazer isso. Mas, primeiro, faremos uma distinção entre dedilhado fingerstyle e fingerpicking. Toda vez que você ataca as cordas com as pontas dos dedos, em vez de usar uma palheta, você está tocando fingerstyle. O fingerstyle caracteriza uma grande variedade de gêneros musicais, como o erudito e a bossa nova. O fingerpicking possui uma definição mais restrita – é uma técnica baseada em padrões. Os grandes mestres do fingerpicking repetem sequências específicas de dedilhado à medida que atravessam progressões de acordes e músicas. Esta repetição é o que torna o fingerpicking atraente e desafiador. Com modelos básicos, você pode criar ritmos incríveis que darão vitalidade à sua música.

11 julho 2008

Escalas e Solos

     Ao aprender e praticar escalas , você deverá sempre tocá-las no maior número possível de posições e utilizando diferentes dedilhados. É preciso começar tocando devagar, e acelerar o andamento apenas quando se é capaz de fazer soar cada uma das notas com clareza. O maior recurso que um solista pode ter é saber tocar escalas diferentes, em posições diferentes, com dedilhados diferentes. A importância das escalas vai além da simples técnica. Elas aumentam a capacidade de "ouvir" acordes e ajudam a identificar a melhor opção para executar certos intervalos da escala. São esses elementos que desenvolvem a habilidade de criar melodias e improvisar linhas de solos originais, bem como transitar livremente entre os diferentes acordes de uma estrutura harmônica.
  O Guitarrista Americano Al Di Meola enfatiza: "Aprendi a conhecer o braço da guitarra há muito tempo, praticando todas as escalas em todas as posições... É preciso aprender isso, não há como escapar. Agora troco de posições com tanta facilidade que nem preciso pensar muito... Eu sugeriria que se começasse aprendendo escalas maiores e menores, passando depois para diminutas, aumentadas e escalas de tons inteiros. A seguir, dependendo do tipo de música que se quer tocar, é preciso aprender os modos. Minha teoria a esse respeito é que se deve aprender tudo. Sabendo disso, você deverá tocar o que quiser, e obterá uma forma mais avançada de tocar e um conhecimento maior do instrumento".

11 junho 2008

Tríades Maiores


 Uma tríade é maior(M) quando, da tônica ou fundamental (T) para a terça (3) ela tem 2 tons, e da terça (3) para a quinta (5) ela tem 1 tom e meio. Simplificando, uma tríade é maior quando tem uma terça maior (3M) + uma terça menor (3m). As tríades maiores têm um som alegre, ensolarado.

Exemplo:

Tríade maior de C: C – E – G . T 3 5

Analisando:

 De C a E temos dois tons, ou uma terça maior (C pra D, 1 tom. D pra E, mais 1 tom.) De E pra G temos um tom e meio, ou uma terça menor (E pra F, meio-tom. F pra G, 1 tom).

Tríades

Tríades são acordes formados por três notas. São acordes consonantes, perfeitos, definidos, a base para todos os estudos mais avançados de acordes e dissonâncias. Acordes consonantes, perfeitos, são os que não tem nenhuma dissonância, nenhuma nota que está ‘fora’ do som básico do acorde, quando tocados em sua forma fundamental. Estudando as tríades e suas inversões por todo o braço da guitarra serão conhecidas as principais fontes para improvisar, acompanhar, estudar escalas; além de, posteriormente, as mesmas tríades que são consonantes e perfeitas tornarem-se grandes auxiliares no improviso dissonante, através de estudos como propostos no quadro de utilização das tríades. As tríades são formadas por três notas, como já foi dito anteriormente, e as combinações destas notas, dependendo da distribuição dos seus intervalos, formam quatro “famílias” de tríades.

Obs.: As tríades são montadas a partir do empilhamento de terças.

*: A terça (3) é quem determina se o acorde é maior (3) ou menor (3m)