06 março 2006

Violão e Guitarra - O estudo dos acordes

 Acorde é a combinação de sons tocados simultaneamente de acordo com algumas regras que veremos a seguir. Quando falamos de acordes estamos falando de harmonia. Harmonia é o estudo dos acordes, tanto para produzir as suas combinações de sons quanto para criar progressões de acordes. Na Idade média os acordes eram formados por combinações de apenas dois sons, mas já no Renascimento a forma dos acordes passaram a ser de três sons, chamados de tríades (acordes de três notas) que se tornou a principal unidade da harmonia. Até o século XX a tríade foi o elemento básico da harmonia ocidental. A partir do século XIX e início do século XX a dissonância ja era mais aceita por alguns compositores (Stravinsky) e os principios da harmonia triádica já eram questionados, criando outras formas de acordes, por exemplo, baseados em intervalos de quartas (Bartók), métodos atonais e dodecafônico (Schoenberg), entre outros.

A Guitarra Fender


 Hoje eu quero falar um pouco sobre essas extraordinárias guitarras de marca Fender e contar um pouco da sua história!

    Em 1944, Leo Fender, que tinha uma oficina de consertos de rádio, associou-se a Doc Kauffman, ex-empregado de Rickenbacker, para criar a companhia K&F. Produziram uma série de amplificadores e steel guitars (instrumento semelhante a guitarra Havaiana). Leo Fender julgava, acertadamente, que os pesados ímãs dos captadores usados então não precisavam ser tão grandes. Para experimentar um novo captador que projetou, montou-o numa guitarra maciça, cuja forma se baseava na guitarra havaiana, mas que tinha escala com trastes, como numa guitarra normal. 
   O instrumento deveria servir apenas como demonstração para a eficiência do captador, mas logo passou a ser procurado por músicos country locais. Na verdade, tornou-se tão popular que havia uma lista de espera de pessoas que desejavam alugá-lo. Logo em seguida, Leo Fender rompeu a sociedade com Doc Kauffman e estabeleceu-se por conta própria; passou, imediatamente a trabalhar no projeto de um novo instrumento. Ele se preocupava com a utilidade e a praticidade, não com a estética. Queria fazer um violão normal, com um som claro como o da guitarra elétrica havaiana, mas sem os problemas de ressonância e feedback associados à caixa acústica tradicional. 
   O resultado de seu trabalho foi a Broadcaster, que passou a ser fabricada a partir de 1948. A Broadcaster tinha braço desmontável, semelhante ao dos banjos da época. Isso era apenas uma questão de conveniência, pois Fender sabia que o braço é a peça do instrumento que tem maior probabilidade de causar problemas, e seu desenho "modular" permitia a substituição em apenas alguns minutos. Quanto ao corpo, quando o acabamento era natural a madeira usada era o freixo; quando pintado, o amieiro. A paleta tinha todas as tarraxas de um lado só, o que facilitava a afinação e evitava ter que dispor as cordas em leque. A Broadcaster tinha dois captadores de bobina simples, conectados a um botão seletor de três posições; uma posição correspondia ao captador traseiro, outra ao dianteiro e a terceira ao dianteiro e mais um captador especial. 
   A guitarra original tinha o mesmo cavalete ajustável das Telecaster atuais: três parafusos ajustam a altura e o comprimento de escala de pares das cordas. A Broadcaster tinha também uma placa de proteção removível, que cobria o cavalete e o captador traseiro. 
  As Telecaster ainda contam com essa placa que, no entanto, é raramente vista nas guitarras em uso, porque a maioria dos guitarristas acha que atrapalha sua técnica. Em 1954, Fender começou a produção da Stratocaster. Essa guitarra (e mais a Telecaster e os instrumentos que Les Paul fazia então para a Gibson), determinou os padrões de projetos de guitarras maciças desde então. 
  No decorrer de 1955, Leo Fender contraiu uma infecção que lhe traria problemas durante dez anos. Em meados dos anos 60, ele estava convencido de que teria pouco tempo de vida e assim decidiu liquidar seus negócios. Em 1965, vendeu toda a companhia Fender à CBS, por 13 milhões de dólares. Pouco depois, trocou de médico e se curou. 
  Em dois meses, voltou a atividade, agora como consultor de projetos para a CBS Fender, trabalhando em seu próprio laboratório de pesquisas. Esse acordo durou cinco anos. A partir de então, com sua própria companhia de pesquisas, a CLF Research Company, Leo Fender trabalhou nos instrumentos Music Man (com exceção dos amplificadores) e nas guitarras G&L.